A soja é a principal commodity agrícola brasileira, entenda a relevância das mais de 300 milhões de toneladas do grão produzidas na última safra ao redor do mundo!

Entenda a relevância das mais de 300 milhões de toneladas do grão produzidas na última safra ao redor do mundo!

A soja é a principal commodity agrícola brasileira, e sua história e produção já foram abordadas aqui anteriormente. Obviamente, a área plantada da leguminosa só aumentou no Brasil e no mundo porque houve também aumento de demanda pelo grão. E qual foi a origem desta demanda?

Nos primórdios da produção da soja dentro e fora do país, o primeiro ciclo de demanda que impulsionou a produção da espécie foi a extração de óleo do grão, utilizado na alimentação humana. Além disso, produtos oriundos do refinamento do óleo, como a lecitina, tem ampla aplicação na indústria alimentícia e farmacêutica.

Com o passar dos anos, um segundo ciclo de demanda responsável por alavancar a produção da soja foi seu uso como fonte proteica para a nutrição animal, o qual predomina até os dias atuais. Neste contexto, há grande relação entre a demanda e o tema segurança alimentar mundial. No entanto, cabe aqui uma reflexão. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a população mundial em 2050 atingirá a casa dos 10 bilhões e a atual produção mundial de alimentos não será suficiente para atender à demanda de consumo. Contudo, é precipitada a concepção que este problema é unificado e simplificado nos diversos extratos sociais ao redor do mundo, associando a produção de soja e outros grãos em países “celeiros” como a exclusiva solução do problema. Perceba que, quando falamos de segurança alimentar, devemos compartimentalizá-la, uma vez que, de maneira geral, há um grupo de pessoas que tem acesso ao alimento à partir da compra em supermercados, enquanto um outro grupo sobrevive através da própria produção de alimentos, em uma escala de subsistência. Assim, fica claro que a base alimentar dos dois grupos é distinta, sendo a presença da carne (e consequentemente, da soja) predominante no primeiro grupo, tornando-se dependente da produção mundial de grãos. Ao mesmo tempo, o segundo grupo se resguarda no desenvolvimento de variedades adaptadas à situações mais rústicas (baixa fertilidade e disponibilidade de água, por exemplo) de culturas de alto valor nutricional como batata, arroz, milho, mandioca e feijão. Obviamente, conforme uma nação avança economicamente, há uma tendência de migração de pessoas do segundo grupo para o primeiro, e assim há um acréscimo no consumo de carne, aumentando então a demanda por soja. Foi o que aconteceu com a China nos últimos anos e o que começa a acontecer com a Índia agora.

Portanto, é esperado que a demanda do consumo de soja continue aumentando mundialmente, favorecendo a manutenção dos bons preços do grão que impulsionam a exportação da commodity no Brasil e favorecem nossa balança comercial.

Fonte: BLOG AGRO BASF

http://www.blogagrobasf.com.br/noticia?id=587&searchWord=soja