Os dados do Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (06/06) proporcionam uma visão abrangente e detalhada da situação atual da colheita de milho silagem no estado do Rio Grande do Sul. Enquanto as regiões ao Norte celebram o término da colheita, o Sul enfrenta desafios significativos, com as últimas lavouras experimentando redução tanto no volume quanto na qualidade da massa vegetal destinada à ensilagem.
Com uma área plantada expressiva de 348.549 hectares, as estimativas iniciais indicavam uma produtividade promissora de 35.518 kg/ha em novembro. No entanto, as chuvas excessivas que assolaram a região provocaram uma revisão para baixo, chegando a 32.368 kg/ha, representando uma queda de 8,9% em relação às projeções anteriores.
Na região administrativa de Bagé, embora a conclusão dos trabalhos de ensilagem seja um marco importante, áreas colhidas recentemente enfrentam desafios decorrentes das chuvas intensas durante o enchimento dos grãos e das geadas tardias, que impactaram negativamente a qualidade do alimento produzido.
Por outro lado, em Santa Maria, embora a colheita tenha sido concluída antes das enchentes, os danos causados por doenças associadas à cigarrinha resultaram em perdas consideráveis, reduzindo a produtividade média para 25.309 kg/ha. Essa situação levou a uma perda estimada de aproximadamente 80 mil toneladas de silagem de milho na região.
Esses desafios destacam a complexidade e a imprevisibilidade da atividade agrícola, ressaltando a importância da adaptação frente às adversidades climáticas e fitossanitárias. O monitoramento contínuo e as práticas de manejo adequadas são essenciais para enfrentar tais desafios e garantir a sustentabilidade e a segurança alimentar no setor agrícola.
