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Não divida sua safra com as lagartas e percevejos

A assessoria técnica contribui bastante para o uso da ferramenta certa no momento adequado.

É PRECISO REDORAR A ATENÇÃO COM AS PRAGAS

De maneira geral, os produtores de soja precisam ter especial atenção com suas lavouras no que diz respeito à ocorrência de doenças, preocupação número um no quesito proteção. Mas não podem descuidar das lagartas e percevejos, pragas relevantes da atividade, e também prioridade para o cultivo da soja, pois impactam diretamente na qualidade e produtividade, refletindo no resultado financeiro. “Uma das medidas mais importantes no controle dessas pragas é a realização constante do monitoramento, que deve ser feito durante o ano inteiro, principalmente entre a dessecação pré-plantio e a colheita da soja”, afirma João Paulo Marinho, consultor de Marketing para Soja da BASF.

O monitoramento é fundamental para que se saiba quais são as possíveis pragas presentes na lavoura e qual é o nível de infestação. A prática mais usual nessa questão é o pano-de-batida. Ele é estendido entre duas _leiras de soja e uma delas é intensamente sacudida de forma que os insetos caiam sobre o pano. O processo é feito em diversos pontos da lavoura. Já existem tecnologias mais sofisticadas, como a captação de imagens por “aviões” e drones e posterior análise por meio de inteligência artificial, para identificação da praga e da intensidade de infestação. “Mais importante do que a ferramenta utilizada é o produtor não deixar de fazer o monitoramento, pois essa informação é decisiva na escolha da melhor estratégia de controle e prevenção”, destaca Marinho.

Nesse ponto, o trabalho de assistência técnica é primordial. Embora os agricultores estejam cada dia mais capacitados sobre as soluções tecnológicas para o manejo de pragas, a assessoria técnica contribui bastante para o uso da ferramenta certa no momento adequado. “Deve-se considerar que o técnico apenas leva o conhecimento, o produtor tem que fazer a parte dele. Com o momento favorável para a comercialização de soja, há agricultores que relaxam”, diz Silvestre Bellettini, engenheiro-agrônomo e professor do Departamento de Produção Vegetal da Universidade Estadual do Norte do Paraná – Campus Bandeirantes.

“É comum se preocuparem bastante com maquinário e, às vezes, deixarem de lado outros fatores importantes, como monitoramento e o controle de pragas”, acrescenta. Marinho lembra que também é comum o sojicultor abrir mão do controle das pragas quando o grau de infestação não é considerado elevado. Caso a ocorrência avance rapidamente, pode ser tarde para combater, e as perdas serão inevitáveis. “Dependendo da praga e da situação, há riscos de comprometer grande parte da lavoura. O agricultor investe muito em fertilidade do solo e na escolha das melhores sementes. Não pode permitir que as populações de pragas alcancem níveis tão altos que venha a interferir na eficiência, vindo a comprometer a performance do produto”, diz o consultor.

OS PRINCIPAIS PERIGOS E AS MELHORES SOLUÇÕES

O percevejo-marrom (Euschistus heros), também conhecido como percevejo-da-soja, é uma das principais pragas em áreas de cultivo da soja. Além de prejudicar a produtividade e qualidade dos grãos, devido ao chochamento e à retenção foliar, pode deixar as lavouras mais susceptíveis à incidência de doenças. O percevejo-verde (Nezara viridula) tem ação semelhante à do percevejo-marrom, porém com mais intensidade na retenção de folhas e, além de chochar os grãos, os deixa manchados. O inseto ainda provoca queda de folhas no período de produção, reduzindo a capacidade de fotossíntese em um momento crucial de de_nição da safra. Também prejudicam a produtividade e qualidade dos grãos da soja outras duas espécies de percevejo: o percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatus) e o percevejo (Dichelops melacanthus).

A lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens) e a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) intensi_cam o prejuízo às plantas conforme seu desenvolvimento e ambas iniciam o processo raspando as folhas.

As lagartas-da-vagem (Spodoptera eridania e Spodoptera comioides) possuem habilidade para consumir vagens e grãos. Na lista de pragas importantes da soja, a lagarta Helicoverpa armigera é uma das mais agressivas, pois se multiplica com muita rapidez e ataca, principalmente, as estruturas reprodutivas da planta.

Frente a problemas tão sérios, a BASF oferece soluções que podem ser utilizadas de forma combinada e estratégica. A começar pelo tratamento de sementes com Standak® Top, fungicida e inseticida para garantir o melhor resultado na germinação e emergência das plantas. O Fastac® Duo é uma excelente opção para o controle dos percevejos, sobretudo no início da infestação, para evitar o aumento da população da praga. Entretanto, atua em todas as fases de desenvolvimento do inseto e ainda é recomendado para o manejo da mosca-branca.

No caso das lagartas, o inseticida Nomolt® 150 é indicado para a fase inicial do desenvolvimento da praga, justamente para evitar o avanço da infestação. Para a soja mais avançada, com grande massa foliar, o produto mais indicado é o Pirate®, com modo de ação único e, por isso, torna-se uma boa opção para prevenir casos de resistência. Também apresenta característica translaminar, passando da parte superior para a parte inferior da folha, onde as lagartas também estão presentes.

“É importante que o produtor busque orientação de um engenheiro-agrônomo ou técnico agrícola e que envolva um representante da BASF para construir juntos uma estratégia de manejo de acordo com sua necessidade, tanto em relação aos melhores momentos das aplicações quanto aos produtos e métodos a serem utilizados”, orienta João Paulo Marinho, que continua: “A construção de um manejo eficiente tem que ser personalizada. E tem de ser assim, pois o Brasil é gigante, com regiões de características diferentes e cada agricultor tem sua própria realidade e necessidades”.