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Safra de inverno se aproxima – Cuidados com a Brusone do trigo!

Estamos chegando ao final da safra de verão e a safra de inverno se aproxima! O monitoramento das condições climáticas é imprescindível para prevenção e manejo da Brusone do trigo. Entenda!

 

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (ABITRIGO), esta safra, de 2017/2018 foi muito boa para o setor e as margens obtidas surpreenderam, gerando estimativa de lucro de 10,4% para a safra 2018/2019, já que o preço do cereal no mercado nacional e internacional estão bastante atrativos e a meteorologia indica condições favoráveis à cultura neste momento.

 

Nesta condição, a expectativa para a safra que se aproxima é bastante grande e, para que todas as estimativas de produção e lucros sejam alcançadas, o monitoramento das condições climáticas é essencial.

 

A razão é que duas das mais importantes doenças do trigo, a Brusone, causada por Pyricularia grisea e a Giberela, causada por Gibberela zeae, são muito influenciadas pelo clima.

 

Para estas duas doenças, existem sistemas de previsão que funcionam muito bem.

 

Um deles é o SISALERT, disponível no link, utilizado para monitorar e avaliar os riscos de ocorrência de ambas as doenças para as regiões produtoras. O sistema é baseado no modelo Gibsin, que procura correlacionar parâmetros da cultura, como por exemplo, o número de espigas emergidas com o número de anteras presentes com variáveis do agente causal de cada doença, como por exemplo a quantidade de inóculo presente no solo, a taxa de dispersão e deposição de esporos do fungo e ainda com variáveis ambientais, como por exemplo, temperatura, umidade e dias consecutivos de chuva, com o objetivo de avaliar o risco de ocorr6encia de cada doença.

 

Esses modelos são bastante válidos, pois doenças, de maneira geral, são bastante influenciadas pelo clima.

 

Entenda

Como já discutido anteriormente, o que entendemos por doença é uma interação entre 3 fatores: Hospedeiro suscetível, ambiente favorável e patógeno agressivo. Cada um destes 3 componentes corresponde a um dos vértices do que conhecemos como “triângulo da doença”.

 

Destes 3 fatores, o clima é o que exerce maior influência na ocorrência da doença durante uma estação de cultivo, visto que tem maior potencial de alteração brusca durante o curto período de tempo de uma safra. Neste tempo, a chance de mudança de comportamento do patógeno ou do hospedeiro é mínima.

 

Com isso, na presença de hospedeiro suscetível e patógeno agressivo, a doença irá se instalar e evoluir se as condições ambientais forem favoráveis, uma vez que o meio ambiente, atua diretamente na sobrevivência,  disseminação, infecção, colonização e reprodução do patógeno e, consequentemente, na evolução da doença no tempo e no espaço.

Voltando ao trigo

Ambos os patógenos causadores de Brusone e Giberela são bastante dependentes de fatores climáticos, predominantemente, temperatura, umidade e água livre na superfície do hospedeiro, parâmetro este, relacionado ao número de dias consecutivos de ocorrência de precipitação.

Para ambas, as condições ideais são: Temperaturas próximas aos 25oC, umidade alta e aproximadamente 10 horas de molhamento foliar. Se o ambiente estiver favorável desta maneira, o estabelecimento de medidas de controle deve ser imediato, dentre elas, o uso de fungicidas.

Desta forma, com o acompanhamento periódico das condições climáticas pelo AgroDetecta e utilizando os modelos de previsão, o produtor pode estar mais seguro para o momento adequado de iniciar medidas de controle destas doenças.

E você, tem experiência no uso de sistemas de previsão de doenças? Compartilhe conosco deixando seu comentário aqui.

Em breve falaremos mais sobre estas duas doenças do trigo. Aguardem e nos acompanhem!

 

Fonte: BLOG AGRO BASF

http://www.blogagrobasf.com.br/noticia?id=754